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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Pescador de Girassóis



Titulo do livro: O Pescador de Girassóis
Autor: António Santos
Editora: Editorial Presença
Ano de publicação. Abril de 2007
Número de páginas: 232


Resumo

O livro que eu escolhi conta a história de uma tragédia que aconteceu em Santo António da Ria, uma vila no Algarve.
Também fala de um sem-abrigo chamado Desidério licenciado em economia que encontrou um cão apaixonado por jazz, e tinha uma filha (que era advogada) deficiente motora.
Um pescador que na proa do seu barco pintava dois grandes e bonitos girassóis e, quando terminou de os pintar, partiu pelo mar à procura de algo de novo.

Opinião

Na minha opinião, o livro “O pescador de Girassóis “ é muito interessante.
Este livro leva-nos a pensar no que os sem-abrigo sofrem nas ruas, dormindo ao relento cheios de frio. Mas não é só, este livro também nos faz pensar no que uma pessoa sofre por um dia ter sido atropelada e ter que andar para sempre numa cadeira de rodas.
Um bom livro, aconselhável!

Excerto

Abriu os olhos estremunhando!
- Chiça! Que é isto?
Era o cão.
Era o labrador de ainda há bocado.
Desidério nem queria acreditar.
Ali de novo o cão, o cão de volta, o cão extenuado, o cão quase a cair de sede, o cão de olhos tristes e pêlo encharcado, todo sujo de lama, principalmente de morte no corpo e na alma; notava-se logo. O cão voltara, parecia ter desistido de encontrar o Mercedes preto topo de gama, vá lá saber-se.
Desidério aconchegou-o, abraçou-o e fez-lhe festas, puxou uma toalha de um dos sacos, limpou-o devagar. Muito bem, com cuidado, terno a falar com ele, a dar-lhe conta de tudo, a dar-lhe o que nem para ele tinha, e o cão a ouvir e a olha-lo agradecido, e Desidério a tirar do outro saco uma garrafa pequena, com um resto de água, e a deitar a sobra na concha da mão, e o cão( tinha escrito na coleira o nome Mit, mas mais nada) a beber, sôfrego, sedento, satisfeito enfim, a acalmar, a deixar desaparecer as tremuras.
São assim os cães.
Depois chegou a cabaça à cabeça de Desidério, lambeu-lhe a cara mais uma vez, encostou-se a ele e deitou-se-lhe pelo peito acima, e o sem-abrigo abraçou-o forte, o seu novo amigo, o seu único amigo, o seu amigo, finalmente o prazer de um amigo leal sem condições previas contratualizadas. Ficaram deitados os dois como num abraço, o cão e ele, os dois chegados um ao outro, os dois sem nada, os dois sem mais ninguém, que se lixe (justamente o cão a pensar). Estavam bem um com outro. E agora tinham os olhos molhados. Pareciam lágrimas, mas devia ser chuva.
Devia ser. Voltara a chover
."
Ana Nunes - 8ºA

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